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O par GBP/JPY entrou em queda livre nos últimos dias. Há apenas uma semana, a cotação rondava a região de 196,00. No entanto, na quarta-feira, os vendedores levaram o cruzamento a uma nova mínima de sete meses, em 184,38 — uma perda superior a 1.000 pontos em apenas sete dias.
A forte queda reflete a combinação da fraqueza da libra esterlina com a busca por segurança, que impulsiona a demanda pelo iene, tradicionalmente visto como moeda porto-seguro. Esse movimento ocorre em meio à escalada das tensões tarifárias globais, impulsionadas pela retórica agressiva e ações recentes dos EUA, China e União Europeia.
Dado o atual ambiente de aversão ao risco, a demanda pelo iene deve permanecer elevada, sustentando a tendência de baixa do par no curto prazo.
Vale destacar que essa "maratona rumo ao sul" do par GBP/JPY começou em 2 de abril — data em que o presidente Donald Trump revelou seu novo plano tarifário, desencadeando forte aversão ao risco e turbulência nos mercados financeiros globais.
O que torna o cenário atual particularmente incomum é que, desta vez, o principal beneficiário não é o dólar americano — tradicionalmente visto como porto seguro em momentos de tensão —, mas sim o iene japonês. A moeda japonesa assumiu o protagonismo como principal refúgio diante do aumento das incertezas econômicas e do temor de uma recessão nos Estados Unidos.
A trajetória do par GBP/JPY está, portanto, diretamente atrelada ao desenrolar da guerra comercial. Se Trump recuar e começar a firmar acordos bilaterais, o apetite por risco pode retornar, enfraquecendo o iene e permitindo que os compradores retomem o controle do par. No entanto, caso a escalada tarifária continue — como vem ocorrendo —, é provável que o iene siga valorizado e o par continue renovando mínimas de vários meses.
Na quarta-feira, os mercados reagiram a mais uma escalada na disputa comercial entre Estados Unidos e China. Primeiro, Washington anunciou tarifas de 54% sobre todas as importações chinesas — o maior patamar já registrado. Pequim respondeu imediatamente com tarifas de 34% sobre produtos americanos. Em seguida, Trump retaliou com mais 50%, elevando o total de tarifas dos EUA sobre bens chineses para impressionantes 104%.
Mas a ofensiva não parou por aí: ainda na quarta-feira, a China anunciou que imporá uma nova tarifa adicional de 50% sobre produtos americanos a partir de quinta-feira (10 de abril), levando sua taxa total para 84%.
A intensificação do confronto entre as duas maiores economias do mundo torna cada vez mais distante a possibilidade de um acordo. E o tom de Pequim não deixa dúvidas: segundo um porta-voz do Ministério do Comércio, "a China tem a determinação e os meios para contra-atacar com firmeza e lutar até o fim".
Ao mesmo tempo, as tensões com a União Europeia também se agravaram. As exportações do bloco agora enfrentam tarifas de 20% nos EUA, e a proposta da UE de eliminar completamente as tarifas sobre bens industriais foi rejeitada por Trump, que a classificou como "insuficiente". Em resposta, Bruxelas promete medidas retaliatórias que podem atingir € 21 bilhões em produtos americanos.
Com esse pano de fundo, os mercados de ações globais voltaram a recuar. O Nikkei, em Tóquio, caiu 3,9%; o Hang Seng, em Hong Kong, perdeu 4,3%; o FTSE 100, em Londres, recuou 2,3%; e o Stoxx 600 europeu fechou com queda de 2,6%. Em contrapartida, os ativos considerados porto seguro — como ouro, franco suíço e iene — voltaram a atrair forte demanda.
Dessa forma, mesmo após a expressiva queda recente de mais de 1.000 pontos, o cenário fundamental segue amplamente favorável à continuação da tendência de baixa do GBP/JPY. A não ser que Trump anuncie de forma inesperada uma "anistia tarifária" — o que parece improvável neste momento —, o iene deve continuar sendo visto como uma reserva de valor em tempos turbulentos.
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