O mais recente relatório de inflação dos EUA revelou um cenário interessante. De acordo com as estimativas do Bureau of Labor Statistics, a inflação ao consumidor desacelerou em setembro, mas o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) anual ficou acima do esperado.

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPCI) foi de 2,4% em setembro, comparado aos 2,3% projetados. No mês anterior, o IPC anual estava em 2,5%. O índice também superou as expectativas mensais, subindo 0,2%, enquanto os analistas esperavam uma queda para 0,1%.

O IPC núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu de 3,2% em agosto para 3,3% em setembro. O índice mensal, no entanto, permaneceu estável em 0,3%, desafiando a previsão de queda para 0,2%.

Além disso, o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiu inesperadamente para 258.000 na semana passada, o maior nível desde agosto de 2023. Os analistas previam um número menor, de 230.000.

Diante dessas estatísticas macroeconômicas, o dólar americano se fortaleceu. No entanto, logo após a divulgação dos relatórios, a moeda não apresentou grandes movimentos. Atualmente, o índice do dólar dos EUA oscila entre 103 e 104, próximo aos picos de meados de agosto de 2024. Após a publicação do relatório de inflação, os mercados passaram a precificar uma probabilidade de 80% de um corte de 25 pontos-base pela Reserva Federal em novembro.