Não há pânico em relação a uma curva de juros invertida
Anteriormente, muitos investidores temiam que uma curva de rendimento invertida pudesse causar o mesmo dano que uma crise. Entretanto, os eventos que ocorreram no mercado financeiro este ano dissiparam essas dúvidas. A recente recuperação do mercado de ações mostra que não apenas os analistas, mas também os investidores em títulos estão prevendo uma recessão.
Como regra geral, os rendimentos dos títulos de longo prazo excedem os rendimentos dos títulos de curto prazo, reduzindo os riscos para os investidores de longo prazo. Entretanto, desde outubro de 2022, a curva de rendimento tem estado em um estado de inversão: as taxas de curto prazo têm sido mais altas do que as de longo prazo. Os analistas consideraram isso um sinal confiável de uma recessão que se aproximava.
No entanto, agora a situação mudou: não ocorreu uma recessão em grande escala. Essa inversão da curva de rendimento (que é medida pela diferença no rendimento dos títulos do Tesouro de dez anos e três meses) foi observada oito vezes nos últimos 50 anos. Em cada uma dessas ocasiões, ocorreu uma recessão. Na situação atual, a regra não funcionou.
Entretanto, os especialistas recomendam não cair na euforia, pois o Fed pode tomar medidas inesperadas. Os analistas alertam que se a inflação cair significativamente, o Fed terá de cortar as taxas, e as baixas taxas de longo prazo podem provocar uma recessão.